Sabina Moniz, de 24 anos, vive em Marrecua, uma comunidade remota no distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado. Ela e o marido são camponeses, cuidam da terra enquanto criam os seus quatro filhos, de 5, 8, 4 anos e um bebé de poucos meses. A vida em Marrecua é marcada por desafios diários, especialmente no que diz respeito ao acesso a serviços de saúde.
A unidade sanitária mais próxima está a cerca de 20 km da casa de Sabina, o que significa uma caminhada de mais de duas horas para levar os filhos para consultas ou vacinação. Alternativamente, ela pode recorrer a um mototáxi, mas a viagem custa cerca de 200 meticais só de ida, um valor considerável para uma família que vive da agricultura.
Apesar dessas dificuldades, Sabina tem sido uma mãe dedicada à saúde dos seus filhos. Quando a terceira ronda da campanha de vacinação Massive Catch-Up chegaram à sua comunidade através de uma brigada móvel, Sabina viu uma oportunidade única. Sabina pôde finalmente regularizar as vacinas em falta para os seus filhos mais novos, protegendo-os das doenças preveníveis.
Além disso, com o surto de sarampo em curso no distrito de Montepuez, que já registou 341 casos, 17 óbitos dos quais 5 no distrito de Montepuez, a campanha de vacinação tornou-se essencial. Sabina aproveitou a iniciativa para vacinar os seus filhos contra o sarampo e a rubéola e pólio garantindo que estivessem protegidos. A presença de equipas de saúde móveis na comunidade significou que, desta vez, ela não precisou caminhar horas ou gastar o pouco dinheiro que têm para garantir a imunização dos seus filhos.
Graças ao compromisso incansável da GAVI, das equipas de saúde e ao apoio técnico e logístico da OMS ao MISAU, a campanha de vacinação alcançou áreas de difícil acesso, através da instalação de brigadas moveis, postos fixos e mais, para garantir que nenhuma criança seja deixada para trás.