“Eu já enfrentei a malária várias vezes e até precisei ser internado.
Os médicos me disseram que eu tinha uma forma da doença resistente aos medicamentos convencionais, então precisei de medicação injetável.
Durante quatro meses, vivi um ciclo de melhoras e recaídas, o que me fez perder um mês e meio de trabalho.
Mas, felizmente, essa fase difícil passou,” compartilhou Gilberto João, enquanto aguardava no Centro de Saúde 17 de Setembro, em Quelimane, onde estava com sua esposa, Lea Alberto, para vacinação da filha, Abigail, de 7 meses.
Gilberto expressou sua felicidade com a vacinação de Abigail contra a malária, destacando o alívio de saber que ela está protegida contra os perigos dessa doença, que pode ser deadly.
“Estou sempre presente nas consultas e na vacinação da minha filha, junto com minha esposa, porque a saúde dela é nossa maior responsabilidade. Saber que a vacina contra a malária pode proteger minha filha traz uma paz imensa,” disse Gilberto com um sorriso de esperança.
Moçambique introduziu recentemente a vacina R21 contra a malária, tornando-se o 11º país a implementar a vacina em África. A mesma está a ser administrada na província da Zambézia em 4 doses, com a primeira a ser aplicada em crianças de 6 a 11 meses de idade, que reforçará a prevenção e o controlo da malária e salvará dezenas de milhares de vidas infantis.
Organização Mundial da Saúde em Moçambique , UNICEF Mozambique entre outros parceiros, esperamos vacinar, numa primeira fase, 322.768 crianças na província da Zambézia, com a previsão de se expandir a introdução da vacina em 2025, para outras áreas do país com maior risco de transmissão da malária.